segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sociologia Jurídica (26/09/2011)


Correção da prova!

Anthony Giddens
"As Contradições do Welfare State"

Anthony Giddens era um teórico inglês do partido trabalhista. "Socialismo pink" Liberalismo e socialismo, velhos e novos paradigmas. Para além da esquerda e da direita. Faz uma análise a partir das contradições internas do Welfare State. Parte do pressuposto que o Welfare State possui "as fontes estruturais do Welfare State, que são:
1º fonte estrutural - Trabalho assalariado, era entendido como um trabalho que se conquistava para toda vida (estabilidade). O Welfare State partia do pressuposto de uma política de pleno emprego, tinha jornada de trabalho integral. Entendiam por pleno emprego a absorção da mão de obra masculina, e significava que na prática, o Welfare State era um estado patriarcal, o homem trabalhava e condenava a mulher a domesticidade (elas nem eram pensadas, eram excluídas).
2º fonte estrutural - Radica no fato de o Welfare State sempre ter se proposto a administrar situações de risco. O Welfare State como um administrador de riscos. Com os riscos podendo ser cientificamente administrados. Situações de risco: doença, velhice. Existia a lei dos pobres, trabalho para aqueles que estão aptos para labutar, pão para quem está impossibilitado de labutar e castigo para quem pode trabalhar, mas não trabalha. Então os pobres seriam os que não podem trabalhar e os quer não querem. Percepção de vulnerabilidade. O estado social é resultado não somente de uma demanda, mas também de outras camadas, que afetadas por guerras mundiais, tem interesse em um estado voltado para o cuidado social (estado previdência - espécie de seguro de vida). Desenvolve a crença de que os ricos podem ser cientificamente administrados. Havia a crença de que pela razão os riscos poderiam ser administrados. Riscos antes e depois de Chernobyl separam a validade da segunda fase estrutural.
3º fonte estrutural - Desenvolvimento de uma solidariedade nacional. O Welfare State sempre se apresentou como estado nação (estado calcado em concepção de soberania e autonomia). Soberania pelo direito que o estado tem de se autogovernar. Autonomia diz respeito à capacidade efetiva que um estado tem de realizar seus projetos não requerendo interferência de instituições colocadas acima do estado nação. Essa fonte começa a ser corroída com o tribunal de Nuremberg, com a organização mundial do comércio, vai se perdendo a ideia de soberania.

Para próxima aula ler o texto de Anthony Giddens e complementar com o texto de David Held.

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